terça-feira, 29 de julho de 2008

E-REVIEWS + DEVANEIOS: Techno manso


Muito bem, onde está o techno que berrava nos corações de ravers, clubbers, e-music-lovers e tantos "rs" que só no mundo da música eletrônica existem? Minha paixão por este estilo, ou melhor segmento musical, vêm de muitos anos atrás quando um garotinho ficava fascinado com um vinil de Acid House datado do ano de meu nascimento girava numa vitrola Philips de minha tia, que ainda hoje funciona e é a alegria de fim de ano, os melhores discos de enredos de carnaval e samba estão devidamente guardados em sua estante e embalam as noites de reveillon. Pois bem, o Acid House sumiu do mundo como por encanto, tudo bem ficou velho de mais ou até que essa onda retrô faça um revival deste estilo. Sim meus caros leitores, a música eletrônica possui 4 pilares fundamentais para sua existência, disto também excluo a sua mãe, a Disco Music (que é coisa boa até hoje), são eles: House, Techno, Trance e Drum'n'Bass. Todos eles representam uma evolução que começa no final da década de1970 até o fim da década de 1990. Aquilo que todos escutam na rádio, em clubes mainstrain nada mais é do que a variação da House e que chamam de "Dance". Para explicar o que seria tudo isso levaria horas de aula de música, história da arte e do comportamento através das décadas. Mas que fique claro uma coisa, música eletrôinica está impregnada de rebeldia, pscodelia, cultura negra (curioso como quase toda música ouvida hoje, tem como raiz a cultura negra...) e muito [mas muito] contato humano, é uma grande celebração, a única utopia que deu certo desde Woodstock. Mesmo que possua seus guetos e tribos bastante definidas todas se juntam para dançar um som robótico que os senhores Wolfang Flür e Florian iniciaram há 40 anos atrás quando usaram uma caixinha com botões para fazer uma bateria eletrônica, o resto, é Kraftwerk, não precisa dizer mais nada. Mas de uns quatro anos atrás até os dias de hoje o Techno que era altamente funky, com batidas gordas, que somente o pulsar causava arrepio foi sumariamente substituído por um som calmo, inteligente e blasé, eis o vilão, Minimal.


Este som foi chegando aos poucos surgido dos lounges onde gente com nariz empinado vai se mostrar, e foi dominando o mundo até que hoje me pego ouvindo Renato Cohen, um brasileiro que muitos não conhecem mas já vendeu mais de 20 mil cópias de seus Eps, lembrando que a indústria de discos de vinil é muito diferente dos cds, são fabricados em quantidade limitada, distribuídas em pontos específicos e disputados à tapas por disc-joqueis do mundo inteiro, para se ter uma noção, um disco vendido será tocado para públicos de pelo menos 5 mil pessoas, dependendo de que lugar do planeta esteja. Logo é um marco e tanto para alguém acabar com 2 mil cópias em apenas uma semana do primeiro Ep num grande selo (na época, Intec do Sr. Carl Cox). Pontapé era a música e certamente é um clássico atemporal, tinha toda a essência do que um single precisa, rápida, muito marcada, dançante até a médula e cheia de groove. Os anos aureos do Techno começaram à definhar alí em 2002 até o fim de 2004. Após horas de download pude constatar isso, ouvindo atentamente um set (conjunto de músicas que um dj apresenta em seu show) de Cohen na festa Technology em Sampa e fiquei surpreso, o minimal fisgou o gênio brasileiro do funky. Decepção? não, pois confesso que depois de muita luta e horas de Richie Rawtin (outro gênio) e seus cliques musicais posso dizer que gosto de minimal. Mas todo mundo poderia tocar este novo som, menos ele o meu supremo ídolo, até que fui entendo melhor as coisas.





O estilo não morreu, apenas prepara terreno para mais uma evolução, as suas produções estão carregadas de uma mensagem subliminar algo como, "eu voltarei", fiquei feliz pois o Sr.Cohen toca rindo das coisas e rí da modinha Electro (outro dia discuto isso...)também, faz um set que no mundo gay eu definiria como "Carão", altamente energético e com doses cavalares de groove, o seu som que é marca registrada está alí, escondido em bips e sininhos, mas intácto. Quando Eric Sneo lançou seu "Let's go Techno" em 2007 numa tentativa de reverter a situação fiquei com pena, pensei que sería o único na multidão, mas esperem essa que logo história de fofura no techno passa, está demorando mas acaba e finalmente poderei berrar junto às caixas de som, suar, ver o dia amanhecer e sorrir para meus companheiros de festa, "É..foi foda!".

Quem quiser conhecer mais sobre a cena brasileira:
http://www.rraurl.com.br/ (as últimas notícias)
http://www.technopride.net/ (para baixar sets)
http://www.noisemusic.com.br/ (selo independente de Anderson Noise e parcerias)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Hotblogs

http://perversajuventude.blogspot.com/

Muito, mas muito estrógeno.

www.hedislimane.com/fashiondiary

Ensaios de moda clicados por Hedi Slimane

www.proudbrasil.blogspot.com

Um achado interessante, muitas coisas e opniões! ´

Devaneios: Entendendo MMORPGs

O que diabos é isso você pergunta? Certo, é a sigla para Massive Multiplayer On-line Role Play Games, resumindo mais ainda, um mundo virtual inteiro para interagir como uma grande matrix. Second Life? Não. The Sims? também não. É uma mistura de O Senhor dos Anéis + A caverna do Dragão + Final Fantasy. Acrescente uma grande pitada de nerds do mundo todo e misture com a internet. Agora você pode se esconder na pele de algum personagem 3D e se aventurar pelos mundos afora, conhecer gente e tudo mais. Certo, isso já não é tão novo assim visto que há anos as pessoas jogam Everquest e Priston Tale (este último com servidor nacional). "E o que isso muda na minha vida?". Sinceramente, nada até você experimentar um deles, ou melhor, o melhor destes, World of Warcraft, esta pequena maravilha gamística foi responsável pela perda de horas de sono deste quem vos escreve e continuo fascinado até agora. A coisa é tão louca que do nada você corre por aí fazendo quests (missões) e vê um elfo lançando magias num troll enquanto olha pro céu passa um mago num dragão. Sempre fui fã deste tipo de entretenimento eletrônico, e poderia passar horas tentando explicar à vocês mas só ao-vivo mesmo para compreender o motivo de ser tão bom perder horas na frente de um PC interagindo com um australiano, russo e por aí vai num mundo de bits e polígonos. Mas este post vêm para alertar, cuidado há vida lá fora, mesmo quando um Guerreiro passa num cavalo-de-fogo.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

E-Reviews: Fala-se de Batman e o Fim dos Tempos

E-Reviews: Fala-se de Batman e o Fim dos Tempos

A grande sensaçao do momento, Batman: o cavaleiro das trevas, realmente é algo para se comemorar. Não porque sempre fui fã do morcego mas pelo personagem principal deste longa, Curinga, daí me perguntam:"como se o filme é do Batman?!". Sinto muito mas o filme seria uma completa perda de tempo sem a brilhante (e quando falo brilhante é porque não encontro um adjetivo maior) atuação de Heath Leager, isso explica o motivo de queixos
caídos quando ele aparece na tela. Psicótico, louco, "unabomber", piro maníaco, debochado, arrogante e não menos fascinante, por algum motivo que só Freud explica me identifiquei com o bendito personagem, perto deste novo Curinga o morcegão parece somente o que sempre foi, o super-herói politicamente correto mais incorreto que existe. Este novo longa faz justiça ao nome, é pra se apreciar aos poucos, certamente quem não é fã se surpreendeu. Era o que faltava para dar ânimo ao gênero "HQ-movie" que há tempos vem definhando. Recomendado? Heath Leager vale cada centavo do seu precioso dinheiro.
Daí depois da sessão do rato voador, me deparo com um cartaz, "O Fim dos Tempos", "que coisa feia" é a primeira coisa a se pensar sobre o mesmo. Não chama a atenção e causa desprezo, uma avaliação-de-capa-de-livro. Agora o trailler, é de tirar o fôlego, perturba e instiga, pronto, era o que bastava para ver o filme. Um misto de suspense à la Os Outros e Sexto sentido (o diretor é o mesmo) com pitadas de Cocoon (a trilha sonora é muito curiosa, lembra filmes antigos). Certamente este filme foi uma forma muito estranha e até macabra de alertar mais uma vez sobre aquecimento global e preservação na natureza. Ainda assim continuo com a opinião de que é algo "que sai do nada e chega à lugar algum", é algo para ver e [muito]pensar.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

E-REVIEWS: Chilli People



Pimenta nos olhos dos outros é refresco. E como é fresco!Chega à Boa Vista a grife Chilli Beans, com uma vasta cartela de produtos que variam entre óculos e relógios. Com um lançamento não menos do que "digno" no dia 2 de Julho o que se pode ver por entreas prateleiras e mostruários é que finalmente uma franquia veio com uma proposta séria e está sintonizada com o resto do país em termos de lançamento, Os óculos são o must-have do momento, o único ponto contra é a dificuldade em ficar somente com um, já os relógios são verdadeiros objetos de desejo, há modelos exclusivos que enchem os olhos (tracadilho infame).





Após muitos e muitos sushis e música boa, minimal da loja e house no chill-out, não houve como ficar sem um par de óculos (nunca comprei um da grife pois, sempre a visito quando estou "liso" em minhas viagens, hehe). É curioso como a qualidade dos óculos é alta, pois, para quem não sabe, todos são "Xing-ling" genuínos,o que os difere dos demais é o design exclusivo e uma forma de atrair o público inovadora, taí mais uma prova que branding é tudo em uma empresa hoje em dia!




terça-feira, 1 de julho de 2008

Ninguém discute: SAIR SÓ!

Numa bela noite solitária de segunda-feira ( o que pode parecer assustadora se você terminou com o namorado e não tem nada pra se ocupar durante as férias) resolvo ir ao cinema. Simples, ver um bom filme, ocupar a cabeça e depois comer qualquer coisa.
Banal? Isso em qualquer lugar do mundo, menos em Boa Vista, Roraima e extremo (isolado) norte do país. Fazer coisas solitárias nesta cidade é um verdadeiro inferno de constrangimento. Primeiramente o fato da moça da bilheteria olhar fundo em seus olhos e perguntar:

- É só um senhor?
-Sim, por favor!
- Só um senhor?
- Isso mesmo, POR FAVOR!

E olha com uma cara de pena para você, antes mesmo de entrar no tal lugar já me senti excluído, pior foi chegar à sala de exibição, vários casais dividos de forma aleatória e todos olhando como se eu fosse um extraterrestre, somente mais à direita outro corajoso que nunca saberei quem seria, assiste ao filme porém encolhido na poltrona. Ao fim da seção saio correndo antes que alguém me recolha para uma autópsia ou manicômio. Jantar, almoçar, lanchar, comer só não fica para trás, me senti tão pressionado pelas mesas vizinhas que resolvi buscar um amigo só para fazer companhia, agora sim estava tudo tranquilo.

Me digam, é pecado ser (e fazer coisas) solitário?

Upgrades

Depois de criar vegonha na cara, depois uma oficina com muitos debates sobre esta plataforma, acabo de criar mais uma seção: Niguém discute, onde questiono aos (corajosos) leitores (que abrem picada com a mão e chegam até aqui) coisas que acredito pouco discutíveis mas nem por isso irrelevantes.
Então é isso aí, como dito antes, façam sinal de fumaça, toquem um tambor e discordem de tudo logo acima

;).